← Back Published on

Mad Men e as mulheres no mercado da publicidade.

O ofício da publicidade como conhecemos remonta ao anos 60-70, quando várias grandes empresas focadas em fazer o “marketing” de produtos famosos se consolidaram no mercado, mas as mulheres ainda não tinham tanto protagonismo.

Neste blog, vamos desbravar o universo da série televisiva de grande sucesso Mad Men com foco no papel das mulheres no mercado da publicidade e destacar insights importantes fazendo um paralelo do exercício nos dias atuais com as décadas de 60 e 70 nos Estados Unidos.

Mas será que mudou muito?

Antes um ambiente extremamente corporativo e majoritariamente masculino, o segmento da publicidade sempre foi marcado por figuras simbólicas quando o assunto é sexismo, machismo e raça, como podemos ver nos dados abaixo.

A participação das mulheres permanece desigual em relação à participação masculina, até o ano de 2014 como aponta a pesquisa, condição acentuada também pelo fator racial.

Ou seja, as mulheres negras têm menor presença em posições de maior destaque no nas funções de direção de redação, edição, jornalismo e reportagem.

Já nas posições consideradas de menor status – arquivista, assessor de imprensa, produtor e revisor de textos – a presença feminina é maior.

E em Mad Men, como isso é retratado?

Trazendo para Mad Men, a personagem Peggy representa a força feminina em contraponto com o sistema vigente e o seu núcleo é marcado por angústias humanas e limitações típicas de uma mulher da sua época.

Para além deste plano de fundo, vemos que as habilidades técnicas de um brilhante copywriter e estrategista, torna a figura referência para profissionais da área até hoje. Mas as mulheres ainda possuem peso menor em reuniões criativas de representação.

Outro momento bem marcante é uma das reuniões de brainstorm com a equipe de criação da grande agência fictícia, remontando a um modelo de concepção de ideia utilizado até hoje.

E, claro, não podemos o mulherengo Don Draper!

Um grande destaque da narrativa e contrapeso das personagens femininas, incluindo a Peggy, o mastermind da agência desempenhava um papel de atendimento estratégico, mas tinha voz em todas as etapas do processo. Retroalimentando um sistema de autoridade masculina no setor.

Sempre perspicaz, hoje poderia ser facilmente um diretor de novos negócios e prospector de clientes para empresas de pequeno, médio e grande porte.

O seu jogo de cintura na hora fazer apresentações ousadas, liderar equipes e boa oratória (storytelling) são habilidades requisitadas que caracterizam um profissional de destaque no mercado.

Mas o que podemos destacar desse personagem é o seu esforço para deslegitimar o papel da brilhante Peggy, que redobra o esforço para se inserir na tomada de decisões estratégicas importantes.

Mas e toda aquela pompa? Já não existe mais!

A pompa do corporativismo do ambiente de trabalho com estruturas rígidas, que na atualidade perde espaço para a diversidade de várias ordens, locais em que mulheres ocupam cada vez mais posições de liderança.

E segundo o portal Meio e Mensagem, o percentual desde 2016 até 2020 saltou de 33% para 36,7%, com crescimento exponencial para os próximos anos.

E aí, o que você pensa sobre o Girl Power no mercado de trabalho? Deixe nos comentários.